sexta-feira, 1 de julho de 2011

Cooperarte: Trabalho social rende premiação a empreendedora da Zona Leste




Junho/2011 - Um exemplo de cidadania e empreendedorismo. Assim pode ser resumida a história da NOSSA COOPERARTE, cooperativa social de produção dos jovens artesãos de São Paulo, criada pela paulista Rosana Sanjuliano. Com persistência e dedicação, ela investiu tudo na inclusão de jovens portadores de deficiêcia mental no mercado de trabalho e na sociedade. Pelo seu trabalho, foi vencedora do troféu de prata na categoria Negócios Coletivos do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, divulgado na noite de quinta- feira (16), em Brasília.
Dirigido a mulheres empreendedoras, o prêmio é uma iniciativa do Sebrae e conta com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres - SPM, da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil - BPW, e da Fundação Nacional da Qualidade - FNQ.
Formada em psicologia, Rosana sempre atuou na área social. Logo que se formou, começou a trabalhar em uma organização para portadores de deficiência abandonados pelos familiares. Anos depois, ela inaugurou a Nossa Escola, istituição voltada para a educação de crianças, jovens e adultos portadores de deficiência mental. Com o tempo, a entidade desenvolveu um projeto de capacitação profissional, e os jovens passaram a criar produtos artesanais na linha de papelaria, decoração e cosméticos.
O trabalho estava pronto, mas ainda faltava o foco na venda. Foi quando surgiu a cooperativa, voltada para a comercialização dos produtos. Para se profissionalizar, Rosana buscou orientação do Sebrae em São Paulo. Com apoio da istituição, recebeu noções de empreendedorismo, planejamento e aprimoramento dos produtos. "Tivemos orientações sobre fluxo de caixa, preço, produto e marketing. Aprendemos a profissionalizar o trabalho dos participantes", conta.
O próximo passo foi investir no aumento da produção. Por isso, em 2008, Rosana abriu a escola para jovens em situação de risco da favela Vila Prudente Hoje, a Nossa Cooperarte conta com 32 cooperados (20 portadores de deficiência e 12 jovens em situação de risco), sendo que 5 jovens da favela já estão trabalhando em outras empresas."Foi a união perfeita! Com formação pessoal e profissional, conseguimos fortalecer a autoestima desses jovens, tirá-los da marginalidade e inseri-los no mercado de trabalho", diz Rosana.
Para os próximos anos, Rosana espra aumentar ainda mais o número de cooperados com a ajuda de parceiros. Uma das metas é aproximar a cooperativa de grandes lojas de departamentos para venda de atacados, como Etna Móveis e Acessórios, Tok e Stok e Rede Pão de Açúcar. "Precisamos contar com novos parceirosm para manter a instituição viva, que ajude a formar uma sociedade mais saudável, inclusiva e integrada", diz.